domingo, 28 de julho de 2013

OS DESAFIOS DE SE COMBATER A PADRONIZAÇÃO VISUAL DOS ÔNIBUS

A mania das prefeituras em estipular um uniforme para as frotas municipais (e em alguns governos, as frotas metropolitanas também), conhecida como "padronização visual", ainda não possui uma repercussão negativa perante a opinião pública. A população, sem entender o que acontece, simplesmente aceita numa boa, mesmo sabendo que colocar farda em ônibus gera transtornos cotidianos. Muitos confiam no - suposto - conhecimento técnico de prefeitos e equipe, mesmo sabendo que na política, a especialização técnica não é muito levada em conta.

Mas as coisas são do contrário do que se pensa. Especialistas como o engenheiro de transporte Fernando MacDowell e o radialista e estudioso de transporte Adamo Bazani, já haviam alertado para as desvantagens do fardamento de frotas de ônibus imposto pelos prefeitos.

O bom senso e a lógica só mostram uma única vantagem desse fardamento e que só beneficia os próprios prefeitos: a oportunidade de usar a farda como propaganda das prefeituras. Nenhum passageiro é beneficiado com a colocação de farda nos ônibus, esta uma invenção de Jaime Lerner inspirada nos veículos das forças armadas.

Mas o combate ao fardamento de frotas e o retorno à identificação fácil e rápida de empresas ainda está muito difícil de começar. A falta de uma opinião pública que ajude na repercussão da causa ainda favorece a permanência do fardamento das frotas. Apesar de, além de ficar cada vez mais difícil de pegar ônibus e com o fato da dificuldade de identificar empresas ter favorecido queda nos serviços e muita corrupção nos bastidores, a sociedade ainda não se mobilizou para tentar acabar com esta medida tomada arbitrariamente, sem consultar a opinião pública, tal e qual era nos tempos ditatoriais.

Os poucos que se dispõem a combater a medida devem agir rápido e procurar ao máximo convencer a opinião pública, atraindo-a para a causa. Senão, teremos ainda que engolir as "Cidades de Sicrano" que irão rodar por aí, confundindo as nossas mentes e favorecendo a corrupção política e empresarial.

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